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Esta é uma entrevista com Cristiane Carboni. Falaremos sobre por que ela escolheu estudar fisioterapia pélvica, educação no Brasil, sua pesquisa de doutorado e os objetivos da escola de fisioterapia da Sociedade Internacional de Continência (ICS) e seu livro de estudo favorito.

Gostaria de se apresentar?

 

Eu sou Cristiane Carboni de Porto Alegre que fica no sul do Brasil. Sou fisioterapeuta do assoalho pélvico e fiz o mestrado em Barcelona (Espanha) em 2009. Naquela época, não havia cursos de pós-graduação no assoalho pélvico no Brasil da forma como eu procurava. Estávamos começando lá naquele momento, então a maioria de nós teve que sair do Brasil para aprender mais. Mas agora temos pós-graduações em reabilitação do assoalho pélvico. Ainda é uma área nova e estamos aprendendo, pesquisando, realizando projetos e prática clínica. Então, sim, podemos considerar isso como uma área nova no Brasil.

Como você se interessou na área do assoalho pélvico?

 

Durante minha graduação em fisioterapia, tivemos apenas um pouco de informação sobre o assoalho pélvico. Interessei-me pelo que vi e fui até o norte do Brasil para fazer um curso com uma fisioterapeuta pélvica experiente. Após esse curso, pensei que era isso que eu queria fazer na vida. Então procurei onde eu poderia fazer o meu mestrado e encontrei em Barcelona. Então essa foi realmente a minha primeira experiência na área do assoalho pélvico.

Quanto tempo você estudou em Barcelona?

 

Demorou 2 anos. O que eu aprendi foi muita terapia manual. Quando voltei ao Brasil, tive que fazer alguns cursos porque usamos muita eletroestimulação e biofeedback EMG na prática clínica no Brasil.

Você acha que os resultados da terapia são diferentes com biofeedback e eletroestimulação?

 

Minha formação é sem todos esses dispositivos, por isso digo as minhas alunas que elas não precisam. Mas, na prática clínica, usamos com alguns pacientes que tem indicação. Como no biofeedback EMG, temos um software visualmente agradável com flores e peixes, por exemplo. Os pacientes gostam de brincar com esses dispositivos. Fiz um segundo mestrado no Brasil para validar o primeiro que fiz na Espanha. Eu estava muito interessado em pesquisar eletroestimulação para disfunção erétil.

 

Você pode nos contar mais sobre o assunto de seu doutorado?

 

Eu queria focar minha pesquisa para meu doutorado na saúde das mulheres, porque na minha clínica vemos muitas mulheres com bexiga dolorosa. Temos uma crise no mundo com o uso de antibióticos. Acabamos de ter uma palestra aqui no ICS sobre o microbioma e como é importante para a bexiga das mulheres. Este é um conhecimento muito novo e como afeta a incontinência urinária e a bexiga dolorosa. Sabemos que entre 2005 e 2015 houve um aumento de 65% no uso de antibióticos. Isso está mudando o microbioma humano. A maioria dos pacientes que chega à clínica faz um exame urinário negativo, mas mesmo sendo negativo algumas recebem antibióticos para tratar seus sintomas. Isso é muito complicado, porque parece uma infecção urinária, mas às vezes elas nem são testadas para verificar se há uma infecção. Tentar ajudar pelo menos uma parte daquelas mulheres que tomavam antibióticos sem um bom motivo foi o principal motivo da tese do meu doutorado.

 

Onde você está no seu doutorado?

 

Eu estou no meio do meu doutorado. O objetivo do trabalho é validar uma ferramenta que o ginecologista e o urologista podem usar para verificar se os sintomas de ardência e dor provêm dos músculos. É difícil para eles porque não estão acostumados a fazer isso. Esta é a nossa área específica de conhecimento. Precisamos fornecer aos ginecologistas / urologistas uma ferramenta para reconhecer e avaliar os sintomas, para que eles possam nos encaminhar essas pacientes para tratamento.

 

Você tem alguma ideia de quando podemos esperar seus resultados?

 

Acreditamos que estará pronto em um ano devido ao grande número de pacientes que temos que avaliar. São necessárias várias etapas para validar uma ferramenta. No entanto, esperamos apresentar os resultados na próxima reunião da ICS em Las Vegas (2020).

 

Você é ativa no instituto da ICS. Você pode nos contar mais sobre o instituto?

 

Eu sou a diretora da Escola de Fisioterapia do Instituto. Temos nosso comitê de fisioterapia da ICS, que tem como objetivo construir os documentos e organizar os fóruns etc. O objetivo do instituto é ser uma plataforma educacional. Estamos inserindo todos os vídeos bons, palestras e os Stat of art que tivemos nos últimos congressos e os categorizamos. Portanto, se você quiser saber mais sobre a tecnologia do assoalho pélvico, entre na página do instituto e procure essa área específica. Todos os resumos interessantes etc. podem ser acessados lá. Também convidamos os membros a compartilhar bons vídeos ou trabalhos que eles gravaram ou escreveram.

 

Existe algo que você realmente deseja para o futuro?

 

Acho que não podemos fugir da tecnologia, mesmo na área do assoalho pélvico, nada substituirá nossas mãos, mas acho que temos novas pesquisas sobre eletroestimulação. Existem muitos artigos novos vindos de outra perspectiva de eletroestimulação que mudarão um pouco nossa prática clínica.

 

Você tem um livro específico que gostaria de recomendar aos nossos telespectadores?

 

Há uma que eu amo e que é o ‘ overactive pelvic floor’ (o link para o livro está na descrição abaixo).

Overactive Pelvic Floor, editor Anna Padoa, Talli Y. Rosenbaum, 346 pages, 2016, ISBN: 9783319221496

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